sábado, 31 de outubro de 2009

A IDÉIA

Augusto dos Anjos

De onde ela vem?! De que matéria bruta
Vem essa luz que sobre as nebulosas
Cal de incógnitas criptas misteriosas
Como as estalactites duma gruta?

Vem da psicogenética e alta luta
Do feixe de moléculas nervosas,
Que, em desintegrações maravilhosas,
Delibera, e depois, quer e executa!

Vem do encéfalo absconso que a constringe,
Chega em seguida às cordas da laringe,
Tísica, tênue, mínima, raquítica...

Quebra a força centrípeta que a amarra,
Mas, de repente, e quase morta, esbarra
No molambo da língua paralítica!

Na minha opinião, o autor fala nesta poesia sobre ideias, de como elas surgem e como são executadas, chegando a pensar que vai acabar sua voz, diante de suas forças chegando a paralisar.

Fonte: http://www.biblio.com.br/

domingo, 25 de outubro de 2009

SOLITÁRIO

Augusto dos Anjos

Como um fantasma que se refugia
Na solidão da natureza morta,
Por trás dos ermos túmulos, um dia,
Eu fui refugiar-me á tua porta!

Fazia frio e o frio que fazia
Não era esse que a carne nos conforta.
Cortava assim como em carniçaria
O aço das facas incisivas corta!

Mas tu não vieste ver minha Desgraça!
E eu saí, como quem tudo repele,
- Velho caixão a carregar destroços -
Levando apenas na tumbal carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos!

Na minha opinião, o autor fala nesta poesia sobre o seu momento de solidão e de desgraça á procura de um refúgio e ele fala da morte com frieza.

Fonte: biblio.com.br

Biografia

Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu no dia 20 de abril de 1884 em Cruz do Espírito Santo e morreu no dia 12 de novembro de 1914 em Leopoldina. Augusto dos Anjos foi um poeta brasileiro, identificado muitas vezes como simbolista ou parnasiano. Mas muitos críticos, como o poeta Ferreira Gullar, concordam em situá-lo como pré-moderno. É conhecido como um dos poetas mais críticos do seu tempo, e até hoje sua obra é admirada tanto por leigos como por críticos literários.

Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Augusto_dos_Anjos

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

SEREI FELIZ

Ronaldo Bastos

Quem será o mestre que vai dizer
Quem domina a arte de separar
Eu também pensava saber viver
Mas a nossa história me fez chorar
Serei feliz
Quando a dor passar
Serei feliz
Quando o novo amor chegar
Diz que vai embora e tudo bem
Que eu só preciso de calma
Aprender a falta que faz um bem
Sem pintar vazio na alma
Serei feliz
Quando a dor passar
Será que eu
Serei feliz
Quando o novo amor chegar

Na minha opinião, o autor fala de alguém que espera viver a vida com um grande amor, sem o vazio da alma e ,assim, ele será feliz.

Fonte da música: letras.terra.com.br

SONHO REAL

RONALDO BASTOS


A primeira vista
A paixão não tem defesa
Tem de ser um grande artista
Pra querer se segurar
Faz tremer a perna
Faz a bela virar fera
Quando alguém que a gente espera
Quer se chegar

Só de pensar
Já me faz mais feliz
Nem bem o amor começa
Eu já quero bis

Chega e instala a beleza
No mesmo momento. . .

Ilusão tão boa
Quanto o astral de uma pessoa
Chega junto, roça a pele
E já quer se enroscar
Lê seu pensamento
Paralisa seu momento
Ao se encostar

Felicidade pode estar pelo sim
Às vezes do teu lado
Tem alguém afins

Chega e instala a beleza
No mesmo momento. . .

Vem andar comigo
Numa beira de estrada
Desse lado ensolarado
Que eu achei pra caminhar
Vem meu anjo torto
Abusar do meu conforto
Ser meu bem em cada porto
Que eu ancorar

Felicidade pode estar pelo sim
Às vezes do teu lado
Tem alguém afins

Chega e instala a beleza
Momento de sonho real...

Na minha opinião, o autor não fala só de lutas, mas fala também sobre o amor, a paixão, o coração, os momentos de felicidade, a beleza e da caminhada em busca da felicidade.

Fonte da música: letras.terra.com.br