sábado, 31 de outubro de 2009

A IDÉIA

Augusto dos Anjos

De onde ela vem?! De que matéria bruta
Vem essa luz que sobre as nebulosas
Cal de incógnitas criptas misteriosas
Como as estalactites duma gruta?

Vem da psicogenética e alta luta
Do feixe de moléculas nervosas,
Que, em desintegrações maravilhosas,
Delibera, e depois, quer e executa!

Vem do encéfalo absconso que a constringe,
Chega em seguida às cordas da laringe,
Tísica, tênue, mínima, raquítica...

Quebra a força centrípeta que a amarra,
Mas, de repente, e quase morta, esbarra
No molambo da língua paralítica!

Na minha opinião, o autor fala nesta poesia sobre ideias, de como elas surgem e como são executadas, chegando a pensar que vai acabar sua voz, diante de suas forças chegando a paralisar.

Fonte: http://www.biblio.com.br/

2 comentários:

  1. Tenho uma curiosidade. Por que você escolher Augusto dos Anjos para seu blog?
    Aguardo resposta!!
    Um abraço.

    ResponderExcluir
  2. Porque achei interessante comentar sobre um poeta paraibano e além disso gostei bastante das suas poesias.

    ResponderExcluir