Augusto dos Anjos
Como um fantasma que se refugia
Na solidão da natureza morta,
Por trás dos ermos túmulos, um dia,
Eu fui refugiar-me á tua porta!
Fazia frio e o frio que fazia
Não era esse que a carne nos conforta.
Cortava assim como em carniçaria
O aço das facas incisivas corta!
Mas tu não vieste ver minha Desgraça!
E eu saí, como quem tudo repele,
- Velho caixão a carregar destroços -
Levando apenas na tumbal carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos!
Na minha opinião, o autor fala nesta poesia sobre o seu momento de solidão e de desgraça á procura de um refúgio e ele fala da morte com frieza.
Fonte: biblio.com.br
domingo, 25 de outubro de 2009
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Parabéns pela escolha, Eudes.
ResponderExcluirAs poesias de Augusto dos Anjos são muito interessantes e vale a pena conhecer nossos artistas paraibanos.
Um abraço!